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Qual a tua jornada?

Trabalho, trabalho com jornada dupla,





Nos primórdios da humanidade a partir do surgimento das relações familiares entre homem e mulher, as mulheres já nasciam e eram educadas com o perfil ideal, traçado sempre com a idéia de satisfazer os homens.

As mulheres deveriam ser mais educadas que instruídas, daí uma estrutura de ensino calcada na virtude e no sentimento, geradora da imagem ideal da esposa e mãe. Não protagonizava uma instrução, além da considerada necessária para atingir tais objetivos: casar e procriar. As aulas ensinavam as mulheres de como melhor desenvolver as tarefas domésticas.


A partir do séc. XIX, se combate um pouco essa idéia. Fazendo com que a educação de meninos e meninas se intensifique. Trazendo para dentro das escolas também outras disciplinas que colaborariam para o melhor desenvolvimento destes. Deste período em diante, a mulher passa a ser vista sob novos aspectos. Seu perfil muda à torna um ser em construção, na busca de realização e desenvolvimento de suas potencialidades (LESKINEN, 2004).

Porém as diferenças e desigualdades em relação aos homens ainda estavam aparentes, principalmente no que diz respeito à educação. As mulheres, por exemplo, não podiam freqüentar uma faculdade, isso era direito apenas garantido ao sexo masculino.


A introdução da mulher no mercado de trabalho se deu com a I e II Guerra Mundial (1914 – 1918 e 1939 – 1945), quando os homens iam para as batalhas e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho (LESKINEN, 2004).


Com a consolidação do sistema capitalista, no séc. XIX, inúmeras mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com a revolução industrial (desenvolvimento tecnológico, surgimento das máquinas), boa parte da mão de obra feminina foi transferida para dentro das fábricas. Nessa época, o trabalho da mulher foi muito utilizado, principalmente na operação das máquinas.

Os empresários preferiam as mulheres nas indústrias porque elas aceitavam salários inferiores aos dos homens, porém faziam os mesmos serviços que estes. Em razão disso, as mulheres sujeitavam-se a jornadas de trabalho de 14 a 16 horas por dia, salários baixos, trabalhando muitas vezes em condições prejudiciais à saúde e cumprindo obrigações além das que lhes eram possíveis, só para não perder o emprego. 

Além de tudo, a mulher deveria, ainda, cuidar dos afazeres domésticos e dos filhos. Não se observava uma proteção na fase de gestação da mulher, ou de amamentação (PINTO MARTINS, 2008).


A história da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, está sendo escrita com base, fundamentalmente, em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade e o aumento no nível de instrução da população feminina. Estes fatores vêm acompanhando, passo a passo, a crescente inserção da mulher no mercado e a elevação de sua renda.

Segundo Araújo Teixeira  “para consolidar sua posição no mercado, a mulher tem cada vez mais adiado projetos pessoais, como a maternidade”. A redução no número de filhos é um dos fatores que tem contribuído para facilitar a presença da mão-de-obra feminina. Com menos filhos, as mulheres tem mais facilidade em conciliar melhor o papel de mãe e trabalhadora, pois a atividade produtiva fora de casa, passou a ser tão importante quanto à maternidade.


Em se tratando de evolução do mercado de trabalho feminino, o crescimento é constante. Inserida nele no século XIX, passou a dar continuidade aos negócios da família, nos casos em que o marido veio a faltar por motivos da guerra. 

PRESTE ATENÇÃO A ISTO! 👆🏻


Mulheres rotuladas como fantásticas, sejam elas operárias de fábricas, trabalhadoras de comércio, empresárias, autônomas, trabalhadoras do campo, entre outras. Ainda que com problemas de ordem privada que muito dificultam seu desempenho como profissional, afetando o seu cotidiano, conseguem conciliar seu papel de trabalhadora, esposa, mãe, dona de casa, pois, diferente do que acontece com os homens, o trabalho das mulheres não só depende da demanda no mercado ou da sua capacidade para atendê-la, mas decorre também de uma articulação complexa de características pessoais e familiares, tomando espaço num mundo de uma cultura onde ao homem cabia a vida pública e a mulher a vida doméstica, evoluindo ao ponto de muitas conquistas, num mercado de trabalho onde apesar da evolução, a discriminação ainda é aparente”.

A mulher no mercado de trabalho


As mulheres seguem sendo as responsáveis pelas atividades domésticas e pelo cuidado de filhos e demais familiares o que representa uma sobrecarga para aquelas que também realizam atividades econômicas.

Com tudo isso, movidas pela necessidade de contribuir para a manutenção da família, ou mesmo pelo desejo de obter realização profissional, as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho. Apesar dos homens ainda serem a maioria no mercado de trabalho, a taxa de participação feminina cresceu, enquanto a masculina caiu…

Pesquisas recentes comprovam a crescente participação da mulher no mercado de trabalho e o aumento da sua importância econômica, bem como sua responsabilidade ajudar no sustento da família e também o seu destaque profissional em vários setores. Cresce também o número de mulheres em postos diretivos nas empresas

Mas os números ainda são péssimos:

No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000. No geral, entretanto, as mulheres brasileiras recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens. 

Essa diferença é mais marcante nas funções menos qualificadas. 

No topo, elas quase alcançam os homens. Os estudos mostram que no universo do trabalho as mulheres são ainda preferidas para as funções de rotina.



DUPLA JORNADA (ou seria mais?)

Podemos entender por dupla jornada o fato de que muitas mulheres que trabalham fora de seu lar, além de executar sua jornada de trabalho diária, ao chegar em casa devem realizar uma segunda jornada, aquela destinada a desenvolver as tarefas domésticas além do cuidado de filhos e familiares,

 “Se dedicam tanto ao trabalho quanto o homem e, quando voltam para casa instintivamente se dedicam com a mesma intensidade ao trabalho do lar”…

Mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens 


A tarefa destinada ao cuidado da casa, dos filhos e familiares, desenvolvida pelas mulheres – antes mencionada como segunda tarefa – é um trabalho que está totalmente desvalorizado, pois o esforço nele aplicado não se vê recompensado nem economicamente, nem a nível pessoal. Diferentemente de primeira tarefa, aquela desenvolvida em âmbito profissional, na sua jornada de trabalho empresarial, que trazem direitos e certos prestígios em favor da mulher.


A mulher tem sido objeto de discriminação em relação ao homem. Uma em razão do sexo, agravada em casos de maltrato, outra por assumir sozinha as responsabilidades familiares – lar, filhos e cuidados de outros familiares. 

A rejeição no mercado de trabalho da mulher com responsabilidades familiares é clara e aparente. Discriminação por razão de matrimônio, gravidez e maternidade. “Sem esquecer que a dupla jornada encarada pelas mulheres, traz a elas conseqüências pessoais, como: ansiedade, angústia, desamparo, estresse, impotência, insegurança, insônia” .

A luta contra esta realidade, deve ocorrer através de uma tutela positiva, a fim de estabelecer uma igualdade efetiva entre mulheres e homens integrantes da unidade familiar. Exercer uma política de erradicação de condutas discriminatórias e fazer efetivo o princípio de igualdade.

A evolução do mercado de trabalho feminino, porém ainda com desvantagens em relação aos homens


Rousseau, considerado um pensador progressista, dizia que a mulher era “dotada de características físicas e morais, como a passividade e a subordinação, condizentes com as funções maternas e a vida doméstica”, e em relação aos homens que “seriam mais aptos à vida pública, ao trabalho e às atividades intelectuais”. 

A ironia maior era que Rousseau afirmava que, se a natureza feminina não desse conta da função para a qual estava destinada, “era preciso criar o hábito da obediência, através da disciplina e do constrangimento constantes”, ou seja, ele era favorável à violência contra a mulher, com a justificativa de domesticá-la. Entre Rousseau e os dias atuais coisas mudaram, muitas revoluções, principalmente tecnológicas, contribuíram para o avanço da humanidade, entretanto, a essência do “pensamento rousseauniano” ainda está viva, latente entre nós, em pleno século XXI. Esses valores atribuídos a homens e mulheres estão expressos tanto nas relações familiares, os espaços privados, quanto nas relações laborais, ou espaços públicos. As diferenças tomam maiores dimensões ao agregarmos o recorte racial ao recorte de gênero. 

O aumento da inserção da mulher não veio acompanhado de uma política de valorização do trabalho por ela exercido. Nem o cuidado com os filhos passou a ser compartilhado, criando-se assim a dupla jornada …

📣Quer saber quem era Rousseau? https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau

A partir do séc. XIX, as mulheres passaram a se incorporar no mercado de trabalho.

 Com a revolução industrial a mão-de-obra feminina passou a ser muito importante dentro das fábricas para operar as máquinas. 

Esse “post pesquisa”, mostra  que com o passar dos anos as mulheres estão se inserindo de forma significativa no mercado de trabalho, conquistando seu espaço. Sem dúvida alguma, estamos desempenhando um papel importante no mercado de trabalho.
Estamos ocupando cargos que antes eram somente para homens. Nosso grau de escolaridade está cada vez maior. 
Consideradas peças fundamentais na administração do lar, além de possuir  uma dupla jornada, estamos em constante busca pela conciliação entre família e trabalho. Apesar de tudo isso, em pleno século XXI, a mulher continua sofrendo discriminações em relação ao sexo oposto no que diz respeito ao mercado de trabalho.
Precisamos olhar para o contexto histórico para então entender porque chegamos aonde estamos hoje! 

Por que países “nórdicos”, em sua maioria, ocupam uma valorização e igualdade maior feminina? As mulheres sempre ocuparam um papel fundamental na sociedade. 

São consideradas eficazes e mais capazes que nós? 
Não.
Sempre estiveram inseridas em grandes decisões políticas e sociais - inclusive nas disputas territoriais. 
Enquanto não entendermos que só alcançaremos a igualdade quando assumirmos posições estratégicas e importantes politicamente, não conquistaremos leis mais justas e maior visibilidade e “políticas” femininas de proteção e direitos. 
Vivemos em um país culturalmente machista, dependemos hoje de um trabalho nosso, através da educação de nossas meninas e meninos, para s criação de uma nova sociedade. 

Não foi para procurar por maior visibilidade que a mulher partiu em busca de trabalho. Foi para conseguir sustento diante de guerras que assolaram suas famílias e lares! A “queima de sutiãs” veio depois disso. Porque a exploração e desigualdade existentes, necessitavam de voz! 
Só a partir destes movimentos conquistamos alguma representatividade. 

Assista :




A mulher se destaca pela sua capacidade de aprendizado, ensino e colaboração. TENHAMOS MAIS SORORIDADE!

Precisamos lutar por educação de base, nos manter informadas e votar em pessoas que nos representem. 

A sociedade de consumo, vende uma imagem de EMPODERAMENTO que não nos representa! 

Trabalhar, cuidar de casa, filhos, sustentar um lar, ser uma super mulher, são “propaganda” para o incentivo ao consumo! 


Se já está difícil para as mulheres de forma geral, imagine para as mais maduras?
Mas você já se perguntou o porque disto?
Mulheres maduras, estudadas e bem preparadas, sabem o que querem e não irão se sujeitar a funções por salários menores ou sem equiparação aos dos homens. 
As mais jovens, infelizmente sim. 
Há tanto o preconceito pela idade sim, mas a verdade, é que eles trocam “você” por outra mulher recém formada que ainda precisa se posicionar no mercado, por um salário bem menor. 

Apoie outras mulheres, incentive seus negócios. Compre produtos e serviços de outras mulheres!  
VOTE E EMPODERE MULHERES- as corretas!

Crie uma rede de colaboração e parceria!

Este é o caminho ! 


AU REVOIR! 


Referências Bibliográficas deste “post”: 


ARAUJO TEIXEIRA, Z.: “Las mujeres en el mercado de trabajo”, en: http://www.universia.com.br/html/materia/materia_daba.html, acesso: 05/02/2008.


BEZERRA LIMA, M. E.: “Organización de las mujeres en la CUT”, Revista Observatorio Social, núm. 5, 2004.


DEPERTAMIENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICAS Y ESTUDIOS SOCIOECONOMICOS. “Crece la participación de la mujer en el mercado de trabajo”, São Paulo, 2000.





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