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'PÁRA TUDO'... SOZINHA NO DIA DO AMOR?

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Bounjour Madame, se coucher!


No post anterior “Estou em cacos, e agora?”, falamos sobre como nossa educação tende a nos condicionar a sermos boazinhas e perfeitas, em contrapartida, o quanto temos de ser ‘fortes’ para enfrentar todas as demandas da vida. É uma escolha nossa e geralmente optamos por sermos 'duronas', já que a vida não tem sido ‘moleza’. Por isso, quando nos vemos ‘aos cacos’, precisamos reconhecer o quão grandiosas somos, pois para nos 'partir' é preciso um golpe realmente forte. Por isso, vivemos o desafio de ‘juntar os cacos’, o que exige olharmos para os fatos de maneira realista e principalmente para dentro de nós mesmas, afim de reparar os danos e nos transformarmos, nos ressignificarmos, assim como fazem os japoneses em sua arte Kintsugi.

O Kintsugi é uma filosofia segundo a qual não se deve esconder erros e fracassos. É preciso encarar, aprender com as adversidades e dar a volta por cima, juntar os 'cacos' e olhar para a beleza das imperfeições. 
Como estamos perto de celebrar o dia do amor, imperfeito que é, não se engane, resolvi colocar no Divan a 'dor de amor', afinal, estamos constantemente sendo bombardeadas pela mídia "só love, só love", e independente de termos juntado nossos 'cacos' ou não, um dia já sofremos ou sofreremos por amor. Por isto este é um post até de 'utilidade pública' (rss), porque com certeza o amor está no ar e dores mal curadas 'virão à superfície'.  Então, se você sofre ou já sofreu por um amor, e como eu, já teve vontade de QUEBRAR TUDO, este post é para você.


Mas vamos com calma, antes de quebrar tudo, merecemos uma chance de ressignificar nossa dor e fazer um KINTSUGI também nas nossas relações, sejam elas afetivas, pessoais ou profissionais. 

Um ponto muito importante a ser compreendido é que, quando ficamos ‘em cacos’, precisamos reconhecer que essa ruptura está intimamente ligada aos nossos relacionamento conosco mesmas, sejam eles quais forem. Quando sofremos é porque uma parte de nós NÃO ACEITA a perda da relação que tem com outra pessoa ou com um objeto. Por exemplo, você pode não aceitar a perda de uma amizade, de um amor, a perda de um carro, uma casa, um objeto valioso, etc. Aí tem vontade sim de QUEBRAR TUDO ou ALGUÉM..., mas lembre-se que você tem um 'Diamante' a preservar em você mesmo e que atitudes impensadas tendem a aumentar seu prejuízo, material ou moral, sempre! A exemplo disto, são os arrependimentos, as relações irrecuperáveis, perdas financeiras, etc...


Nesta época de "só love, só love", é comum que nossas dores de amor venham à tona.
Ficamos mais emotivas pois, entramos em contato com as ‘dores emocionais' mal resolvidas.
Vamos devagar, porque o AMOR está no ar.


Os relacionamentos podem ou não ser agentes causadores de dores emocionais, mas eu trago o exemplo de que "se a vida te der um limão, faça uma limonada", que foi o que a famosa Beyonce, fez quando utilizou a arte Kintsugi em sua vida pessoal, para curar as dores da traição do marido. Mas lembre-se que não estamos falando só de amor, podemos ter relações de amizade, de colegas de trabalho, de pessoas próximas, que nos importam de alguma maneira, e se “a arte imita a vida” ou vice-versa, o que de verdade importa é que a técnica do Kintsugi vem se transformando em uma nova tendência de comportamento mundo afora.

A filosofia do Kintsugi vai além de um simples conserto: remete à simbólica prática da cura e da resiliência

Ouvindo as canções de Beyonce, entendemos que ela ressignifica suas dores através da música. Ela não teve medo ao se expor, 'ficar louca' e se 'embriagar de amor' (letras de suas músicas, “Crazy for love” e “Drunk in Love”), tampouco ficar ‘em cacos’, mostrando sua dor em seu sexto álbum de estúdio (lançado em 23 de abril de 2016, através das gravadoras Parkwoood e Columbia), ‘Lemonade’, nome este dado em homenagem a frase da avó de seu esposo. Através das canções, a cantora expõe as várias fases de sua 'reconstrução' interior e conjugal. É na faixa Sandcastles (castelos de areia) que vemos o seu Kintsugi.

A tigela de kintsugi aparece no início do vídeo de Sandglasses.
Veja legendado clicando aqui. 

Eu sei que quando perdemos algo ou alguém, opa, a gente tem vontade de quebrar tudo mesmo, somos humanas, mas, como lapidárias experientes e inteligentes, cuidamos do nosso 'diamante'!
As 'dores emocionais' não acontecem só comigo, ou com você, veja que não importa se você é bela, culta, se tem poder aquisitivo, status social, o amor bate na porta mas pode ir embora a qualquer momento, e por isso, além da nossa transformação, da ressignificação de tudo, precisamos ter RESILIÊNCIA. 

A resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, 
superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse,
 algum tipo de evento traumático, etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, 
por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades. (Wikipedia)

Como no caso da Beyonce, podemos ver claramente que a cantora aproveitou seus momentos de vida, sejam de alegria, paixão e dor, em suas canções, isso é resiliência. 

Junho chegando e você está 'avulsa', é como eu me refiro a solteiras, desimpedidas, chame como quiser, como eu, ficando meio 'mexida' (rss) por estes dias. Eu sei... Mas sabe como eu resolvo isso? Ressignificando o dia de comemorar o amor, tornando este O DIA DO AMOR PRÓPRIO.  Mas vou deixar que a sábia Monja Coen nos fale sobre esse tal de AMOR PRÓPRIO.





Então, seja qual for a sua dor, física (acidente de carro, mastectomia, doença, amputação, invalidez, velhice, queimadura, agressão, etc), ou emocional (perda de um amigo ou amante, divórcio, luto, depressão, etc) a energia de Kintsugi pode se tornar a oportunidade de ressignificá-la. Como já falamos anteriormente, refazer-se e sair da dor é um caminho de evolução interior, e deve ser lenta e gradativa, como num processo alquímico, para que você se torne uma mulher melhor, mais valiosa, por sua história de superação. Faça do seu limão a sua limonada!

"Eu tive meus altos e baixos, mas sempre encontro a força interior para me levantar.
Fui servida de limões, mas fiz limonada". 

Hattie White, a avó de Jay Z (esposo de Beyonce).


Receita da Limonada da Beyonce

Um litro de água, adicione um pouco de açúcar
Suco de oito limões
Despeje a água de um jarro para outro várias vezes

Ao contrário de receitas de limonada típicas, esta tem um ingrediente secreto: raspas de limão. 
Os óleos das raspas aumentam o sabor do limão. Há então uma alquimia profundamente catártica e terapêutica na preparação desta limonada. O limão espremido na limonada, com a mistura entre os jarros, até que o açúcar se dissolva com as raspas de limão, fazem a diferença. 
Com isso podemos perceber porque a família de Beyoncé passou esta receita de mãe para filha, e por que ela passou para seus fãs e mulheres em todos os lugares.

Mude seu olhar sobre uma simples limonada, experimente!

Como Superar a Dor Emocional (5 fases)

A psicologia entende que superamos nossa dor passando por cinco fases, onde cada pessoa as vive a sua maneira e a seu tempo. Como eu já disse, não existe uma receita pronta, nem milagrosa, pois somos individuais e únicas. Cada uma resolve no seu tempo e da sua maneira, sendo esta apenas uma sugestão para sua reflexão.

 




1. Fase de NEGAÇÃO E ISOLAMENTO


É quando se nega a realidade e se age como se tudo continuasse igual. Agimos assim para nos proteger num primeiro momento. Geralmente é uma fase rápida, até passar o impacto e poder assimilar melhor a realidade. Fase em que você precisa olhar para a situação de maneira objetiva e clara. 

2. Fase da RAIVA


Encarada a realidade você sente uma raiva e até uma ira muito forte da questão, ou pessoa. Vem a frustração pelo fato e você tende a culpar algo ou alguém. Você sente desejos de vingança e pode até ficar mais agressiva com as pessoas a sua volta (até o mundo inteiro).

3. Fase de DEPRESSÃO


Depois de chorar muito, você vai tentar a reaproximação ou não, e começa a perder a esperança de resolver a questão. Começa a ficar mais objetiva e a dar-se conta de que não há como voltar atrás. Por isso fica muito triste e pode até entrar em depressão. Mas esta tristeza tende a passar com o tempo. Caso não passe, é necessário buscar ajuda profissional, pois as amizades tem ótimos ombros amigos, mas nem sempre serão as melhores conselheiras nesta fase.

4. Fase de BARGANHA ou NEGOCIAÇÃO


Esta é a fase mais perigosa caso você não souber controlar seus sentimentos, como os de carência, por exemplo. Você pode desejar aceitar a situação como ela ocorreu, ou a pessoa como ela é, tentar a reaproximação, resgatar ou recuperar o fato, a relação, etc. Conforme ocorrer esta tentativa de “consertar” as coisas, caso não saia como esperado, pode ser que você volte para uma das fases anteriores. Dependendo do caso, você pode entrar num looping, um círculo vicioso, ficar indo e vindo entre fases. Quem nunca viu um casal que vai e volta o tempo todo, ou quando você não consegue aprender e repete sempre o mesmo erro. 

5. Fase de ACEITAÇÃO


Passadas as fases anteriores, você começa a olhar para o futuro. “Dá até uma olhadinha no retrovisor, mas logo olha pra frente”. Você passa a aceitar o fato e a não buscar se aproximar do que lhe causa a dor. O sentimento de paz se faz mais presente nesta última etapa.

Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida. Oscar Wilde 

DEMANDE TOI: Pergunte-se

VÍNCULOS - O quanto você está vinculado ao seu objeto de desejo? 
Quanto você deixa de ser você mesma, para ser o que outra pessoa deseja? 
Entenda que esse mecanismo é normal até certo ponto, porque nos misturamos ao que desejamos e perdemos com isso o sentido de sermos únicas e passamos a entender que se o objeto ou a pessoa não está conosco estamos incompletas. Reconheça que você é individual ou ainda que tem condições de prosseguir sem o mesmo, mas viva a sua dor.

DOR - A sua dor é real?
Essa angústia da perda, faz com que seu ego lute para manter esse objeto vivo dentro de você como parte da estratégia de diminuir a dor da perda. Portanto, procure ocupar os espaços do objeto com outras propostas. Permita-se provar coisas novas. Mas lembre-se de viver também a sua dor, recolha-se para chorar a sua perda. Mas evite fazê-lo diante de outras pessoas para que estas não reforcem a autopiedade em você. Sair do papel de vítima é importante. Você é a agente da sua história sempre. Evite vivenciar mentalmente um mundo de memórias, conversar, sentimentos, como tentativa de ter o prazer da presença desse objeto ou pessoa novamente. Aqui vale guardar fotos, bloquear nas redes sociais, etc.

REALIDADE - Ha quanto tempo está vivendo esta dor?
A medida que os dias se passam, percebemos que esse objeto ou pessoa não existe mais, se foi, e ai, repetimos todo o ciclo tentando nos agarrar àquele vínculo que nos fazia sentir inteiros.
O tempo nos mostra que devemos romper esse ciclo o mais rápido possível e assim a energia que antes estava vinculada ao outro começa a retornar para a gente, nos dando energia e vontade de viver novamente.


INSPIRE-SE:  aproveite a data e as promoções para SE PRESENTEAR, afinal, VOCÊ SE AMA! Ressignifique este dia e, se você está sozinha, será dia de CELEBRAR O SEU AMOR PRÓPRIO!


Aproveite que o amor está no ar e AME-SE em primeiro lugar! Jamais se despedace para manter os outros inteiros. 
Tenha com você o melhor relacionamento da sua vida!


Conseil du DIVAN:  Que tal se presentear com um livro? 

Capa Comum – 20 jan 2019 – Céline Santini (Autor), André Telles (Tradutor). 

Pour toi: Este é meu presente para você. Uma meditação guiada de Louise Hay, para melhorar autoestima, falta de amor próprio, e complexo de inferioridade. Ouça esta meditação por pelo menos 28 dias, e deixe nos comentários como foi sua experiência.





Aut revoir! Bisou

Fique a vontade, o DIVAN é seu!


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Roseli Kurzhals
Formada em Coach Ikigai, atua como Self Coaching e facilitadora de Autodesenvolvimento Feminino. Pedagoga, Terapeuta Reikiana e Palestrante, possui mais de 12 anos de experiência em desenvolvimento humano.


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