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TRABALHO NÃO REMUNERADO. WHAT?


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BONJOUR MADAME!


Hoje, quero fazer um "desabafo", ou seria um esclarecimento...Bem, confesso que ainda não decidi...
Mas vamos lá!

Este final de semana, eis que entre uma conversa e outra, surgiu uma pergunta sobre o meu "trabalho": você é blogueira, ok...mas quanto ganha por isso? E eu repondi, de maneira sincera e verdadeira : nada. Pensei com meus "botões": nada financeiramente.
Bem, a pessoa deu um sorriso, digamos, de lado e trocou de assunto rapidamente...

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Ou seja, não ficou mais interessada em saber sobre um trabalho não remunerado, que não me rendia fama ou reconhecimento - leia-se grana neste caso.
Aí me dei conta que, talvez ingenuidade de minha parte ter me dado conta disto tão tardiamente, que nesta vida se você não tem um trabalho REMUNERADO pode ser invisível!

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Trocamos a moeda (poder) pelo caráter, pelo trabalho honesto, pela ajuda ao próximo...somos capitalistas baby!
Uma "dona de casa", dedica seus dias a cuidar da casa, filhos, família, economia doméstica e passa invisível aos olhos até mesmo dos que com ela dividem o ambiente familiar - vê-se porque as mulheres há muito deixaram as famílias de lado e foram em busca de um trabalho "remunerado".
Então, neste caso, podemos dizer que ela foi atrás de RECONHECIMENTO REMUNERADO. Sim, porque se uma sociedade só reconhece o trabalho sendo REMUNERADO, não há reconhecimento então por outros tipos de trabalho.
Será?

Bem, mas o que tudo isto tem haver com o Bonjour?
Embora eu já tenha dito aqui, em outra ocasião, mas para quem é nova por aqui - seja bem vinda! Quero dizer que este blog nasceu do desejo de uma mulher - neste caso eu - +40, que sentiu a necessidade de se comunicar, expressar suas opiniões e dividir algum conhecimento que possui por moda (paixão antiga) com mulheres que, como eu, já haviam sido deixadas de lado pela "indústria da moda". 
Como já citei aqui: passamos a ser invisíveis.

Então, junto com o apoio da minha mana (que sem ela isso também não seria possível, meu eterno agradecimento), comecei a escrever...
No início pouca gente me acompanhava, lia o que eu postava...mas aos poucos fui melhorando minha comunicação e percebendo que, aos poucos, começava a atrair outras mulheres que também sentiam a mesma necessidade. Precisavam melhorar, além de sua atitude perante o vestir e a moda, mas também sua autoestima.

E a coisa foi ficando boa!
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A cada dia mais mulheres, além de acompanhar o Bonjour, me escrevem, se comunicam e me transmitem o retorno que - PASMEM ALGUNS - é mais gratificante que o financeiro. E ele se chama RECONHECIMENTO.

"Finalmente alguém se preocupou com a moda após 40. É tão ruim ter 63 anos e olhar no espelho com roupas de "velhos". Nas vitrines da minha cidade, só modinha para jovenzinhas.Eu realmente estou precisando de um personal styler, pois já desaprendi".
Esta foi uma mensagem que recebi de uma seguidora hoje.

Poderia citar várias que recebo todos os dias, seja pelo Instagram, Facebook, Direct, Blog...
E aproveito para agradecer a todas que recebo, leio tudo!!!! Pois elas são minha mola propulsora, o que me move, faz meu coração vibrar, estampar um sorriso no rosto e seguir em frente!

E todo mundo me pergunta o que eu quero fazer do Bonjour... Cara, essa mulher deve estar ganhando algum por fora, ou ainda vai dar um "pulo do gato" com isto...Gente! Sinceramente? Não sei aonde isto vai dar...
Quero escrever, me comunicar, ajudar outra mulher - assim como eu - a melhorar sua autoestima. Entender que a moda está aqui a nosso favor e não o contrário. Que não precisamos a cada troca de coleção sair correndo para as lojas atrás de roupas, que muitas vezes estarão esquecidas em nosso guarda-roupa, porque simplesmente não se adequam mais às nossas necessidade, tanto físicas quanto psicológicas. 

Porque somos mais que um corpo vestindo uma roupa!

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Mas já não somos mais tão atraentes para as marcas...Ok, direito delas em estabelecer padrões, mas direito também o nosso de "amadurecer" e não pertencer mais a este tipo de " moeda de troca".

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Bem, resumindo...
Quero, através deste post agradecer.
Agradecer às milhares de pessoas que desempenham trabalho em seu dia-a-dia sem remuneração financeira, porque acreditam naquilo que fazem e porque o "trabalho" pode ter retorno não somente financeiro, mas intelectual e emocional.
Obrigada aos voluntários que desempenham papel importante em nossa sociedade, que fazem o trabalho que muitos são "remunerados" e mesmo assim não executam seu trabalho de maneira eficaz.
Obrigada aos músicos, intelectuais, professores, escritores, cientistas, etc, a todos este profissionais, que desempenham um papel importantíssimo em nossa sociedade e que não são remunerados da maneira que deveriam. 
Sem vocês, não haveria crescimento, conhecimento, cultura, intelecto, arte!

E, para os poucos esclarecidos, ou que ainda não tenham visto a definição de trabalho no dicionário, aí vai...

Trabalho é um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. O trabalho também pode ser abordado de diversas maneiras e com enfoque em várias áreas, como na economia, na física, na filosofia, a evolução do trabalho na história, etc.
Muitas pessoas se questionam a respeito da diferença entre o trabalho e emprego, sendo que algumas pessoas confundem os dois conceitos. 
O trabalho é uma tarefa que não necessariamente confere ao trabalhador uma recompensa financeira. O emprego é um cargo de um indivíduo em uma empresa ou instituição, onde o seu trabalho (físico o mental) é devidamente remunerado. O conceito de emprego é bem mais recente do que o de trabalho, e surgiu por volta da Revolução Industrial e se propagou com a evolução do capitalismo.


Por enquanto é isto Madame.
Precisava falar, esclarecer algumas coisas...colocar um "pingo nos is". Porque, de vez em quando, precisamos também desabafar, aliviar o coração e esvaziar a "mochila" - fica pesada demais.
E por que fiz isto aqui, no blog, para você?
Porque me sinto íntima, confidente, construímos um elo de confiança e troca. 
Meu muito obrigada!

AU REVOIR!



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Slow Living: é pra você como é pra mim?


Deparei-me pela primeira vez com o termo ‘slow living’ numa consulta médica. Justo vendo o estado da minha tireoide que, ao que descobri, já entendia do assunto bem mais e melhor que eu.

Nas tantas da consulta, comento com a doutora que morava há quadras do meu trabalho. Que ia a pé a ele. Que havia escolhido seu consultório pela proximidade (o ego dela deve ter descido uns dois degraus da escada do céu, tadinha). Que, na verdade, não precisava mais do carro pra quase nada. “Veja que luxo, doutora. Em plena São Paulo!”. Ela me olha com aquele olhar que as pessoas fazem quando meio que não acreditam, meio que invejam. Ela e eu sabíamos que aquilo não era pra qualquer um. Eu não era rica. Não tinha um título de doutora. Não ganhava uma fortuna. Mas era como se tivesse tudo aquilo. Porque andava a pé. Olha a inversão de valores! Rico antigamente era quem pegava o carrão pra comprar pão na esquina. Hoje isso anda quase tão careta quanto a palavra careta e o pão com glúten. Ela encerra a consulta, me cobra ainda meio que engolindo o “pela proximidade... hã!” e comenta que eu havia aderido ao slow living. Slow living? Aderi a um movimento sem saber?

E não é que parecia isso mesmo? Talvez até tenha me levado por uma onda de mensagens subliminares. Mas na minha cabeça eu só queria paz. 


Não queria pegar carro em SP. Trânsito pra trabalhar todo dia. Queria descer do prédio, atravessar a rua e tomar café na padaria. Não café de paulista, em pé. Sentada, como boa descendente de alemão. Queria fazer uma feirinha no final de semana. Ir ao mercado logo ali. A pé. Tudo a pé. 

E acho que queria mais. Porque quando a gente começa a andar, também começa a notar outras coisas. O sol pega mais forte na pele. O barulho de tudo fica mais alto. A gente percebe que tem saguis nos fios de luz. Que as pessoas se olham quando se cruzam nas calçadas. Cumprimentam ainda. Ou não. A dona da confeitaria te chama pelo nome. 


Mas não é só romantismo, não. Se a gente sai mais tarde do trabalho, anda também com mais medo. Dias de chuva são mais molhados e, às vezes, os de sol ainda mais.


Outra mudança é nas nossas escolhas de roupas. Antes, olhava pra dentro e por fora de mim e pra dentro do armário, de acordo com a estação. Agora é pra dentro e por fora de mim, pra dentro do armário e pra fora da janela. Além da estação, tem que ver se está sol, nublado, se vai chover, se tá ventando. A gente começa a se vestir de acordo com o tempo de verdade – não aquele do ar condicionado. A valorizar os sapatos de couro, que duram.  Sapato que aperta só sai no máximo duas vezes do armário. Pra nunca mais.  Os saltos altos viram quase piada de mau gosto. Vai notando que as calças gastam entre as pernas se você estiver acima do peso (eu – problema de tireoide, lembra?). De tanto cortar calças, nem compro mais shorts. Mesmo que a gente teime, blusa preta no sol não rola. Saias justas? Sobem. Saias longas balançam que é uma beleza. Em dias de ventinho... hum... coisa boa! 

O corpo ganha espaço de querer. E nesse espaço-tempo em que o corpo em relação ao mundo real é rei, tudo, tudo tem que ser mais orgânico, mais confortável, mais durável. Mais inteligente.

Ainda não sei se é este mesmo slow living que as pessoas estão buscando. Talvez muitos embarquem nessa ‘onda’ como o que é e descubram que não era a sua praia. Que a versão glamour do comercial de ecovila é bem menos romântica na versão ‘vida real’. E ainda prefiram o mundo mais plastificadinho e embaladinho das caixas que vivemos. Eu não. 

Pra mim, há na simplicidade e no contato tête-à-tête com as coisas, uma lembrança de quem somos na essência. De que temos sentidos mais apurados. Sentimentos mais delicados. Corpos que reagem ao tempo. E que isso não tem nada de mal. Que venha o tempo. Com chuva, com sol, com gente, bicho e ruído. E devagar. Porque tudo isso precisa do seu próprio tempo.


Conhece os comerciais da Carte Noire? Só o slow para mostrar certas delicadezas.
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