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SINCRONICIDADE: Siga os sinais da sua alma


Esses dias viajei a Blumenau, minha terra natal, para atender uma ex-cliente dos meus tempos de agência de publicidade. Ela me pedia o orçamento de um projeto gráfico para livro-arte da história da empresa com depoimentos das transformações dos seus clientes. Via seus clientes como flores de um grande jardim e a marca da empresa era de uma borboleta.

Fiquei assim se devia pegar o projeto. Será que teria tempo? Conseguiria entregar o que ela queria? Volta pra São Paulo. Reunião sobre o posicionamento da instituição que trabalho. Para dinamizar o encontro, nossa presidente conduz uma dança circular e nos pede para ver um vídeo: “O Circo das Borboletas”.  Tava lá a minha resposta.




Certamente você já passou por situações assim. Você pensa em alguém, o fulano liga pra você. Você cantarola uma música, ela toca no rádio. Fala de um problema, a solução aparece quase por mágica. Que que é isso, meu Deus!?

Alguns dizem que isto acontece porque nosso cérebro, essa caixinha-registradora neurótica, está sempre em busca de dados parecidos que registra e agrupa. Mosca e barata: grupo de insetos. Café e chá: bebidas. Homem bonito e sensibilidade: gays. Oi? Aí, nessa busca louca por semelhanças, ele está sempre pronto (pré-receptivo) pra encontrar a próxima informação que ele pode encaixar como parecida e dar aquela cutucada em vc quando encontra: “ó, igualzinho”. Quer dizer, é como se, no fundo, estivéssemos mais ‘atentos’ para as semelhanças e, por isto, as vemos mais.

Não sei você, mas pra mim, essa conversinha mole não convence. Porque não explica porque os eventos ‘batem’ com as situações que estamos vivendo. Afinal, se vemos tantas coincidências, será que elas não significam algo?

Sincronicidade, de Joseph Cambray
Jung, o pai da psicanálise, achava que sim. Ele chamava esses ‘eventos significativos’ de sincronicidade. E tanto acreditava que essas coincidências não eram mera casualidade que debruçou 21 anos da sua vida (na verdade, quase toda ela) sobre o estudo deste tema até lançar o seu “Sincronicidade: um princípio de conexões acausais”.

Na época, foi mal engolido, claro. Até hoje tem gente que ainda não entende ou não quer entender o que ele dizia. Mas o mercado está aí, abarrotado de livros, seminários e pesquisas sobre o tema. Veja aqui uma amostrinha só na busca de livros no tema ‘sincronicidade’ na livraria Saraiva. Alguns são bem sérios, outros nem tanto. Mas são uma amostra do quanto o tema desperta interesse.

Mas chegando lá: afinal, essas sincronicidades querem mesmo dizer alguma coisa? Por quê?

Dizem os filósofos que só achamos as respostas quando fazemos as perguntas certas. Neste caso, a pergunta seria: para que existem as sincronicidades? Jung, novamente, diria que é a forma do seu inconsciente lhe avisar de algo, apontar algo que você precisa aprender pra se tornar mais consciente, viver melhor, sair da enrascada que está, etc. Ao contrário do seu amigo Freud, para Jung, o inconsciente não tinha nada de depósito velho e empoeirado de memórias inúteis. Era algo mais como um labirinto do fauno: meio sinistro, mas também criativo, misterioso, simbólico, cheio de vida.  E lá está tudo que a gente precisa. Se usar direito, nunca mais a gente se esforça pra conseguir o que quer. Basta deixar fluir. Já pensou que beleza? Saber que a gente tem um guia dentro da gente? Só basta ir atrás dos sinais?

E você, está preparada para confiar? 





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ROSANE KURZHALS
Taróloga há mais de 10 anos e mantenedora do blog do www.rosanetarot.com.br. Terapeuta Floral e de Telas Mentais com formação em PredictionX: Diviner's Guide (Harvard University)
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